Passei dos 30, to solteiro e sem amigos, minha vida tá f....
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Re: Passei dos 30, to solteiro e sem amigos, minha vida tá f
faz jj. é muito bom pra socializar
Re: Passei dos 30, to solteiro e sem amigos, minha vida tá f
??Tony Fla escreveu:Ferrari é você?
- Lee Jun-Fan
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Re: Passei dos 30, to solteiro e sem amigos, minha vida tá f
Tenho um grande número de pessoas como o Elusive em tratamento, mulheres também.
O caminho nesses casos é fácil mas é difícil. Explico: é como um click, uma oportunidade aproveitada. E depois tudo se ajeita melhor. A questão é "A" oportunidade (absolutamente subjetiva), que traz consigo autoestima e autovalorização, e as coisas fluem depois. Mas conseguir enxergar tal oportunidade (ou oportunidades) muitas vezes se complica pela tristeza, insegurança e pensamentos depreciativos sobre si mesmo.
O caminho nesses casos é fácil mas é difícil. Explico: é como um click, uma oportunidade aproveitada. E depois tudo se ajeita melhor. A questão é "A" oportunidade (absolutamente subjetiva), que traz consigo autoestima e autovalorização, e as coisas fluem depois. Mas conseguir enxergar tal oportunidade (ou oportunidades) muitas vezes se complica pela tristeza, insegurança e pensamentos depreciativos sobre si mesmo.
Editado pela última vez por Lee Jun-Fan em 15 Fev 2015 01:54, em um total de 1 vez.
Wallim, BAP, Tostes, Landin: verdadeiros alicerces da reconstrução rubro-negra!
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Re: Passei dos 30, to solteiro e sem amigos, minha vida tá f
Você é psicólogo/psiquiatra? Se for, qual seria o seu parecer inicial, por que ocorrem essas situações?Lee Jun-Fan escreveu:Tenho um grande número de pessoas como o Elusive em tratamento, mulheres também.
- Lee Jun-Fan
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Re: Passei dos 30, to solteiro e sem amigos, minha vida tá f
Cada caso, é um caso. Pode parecer clichê, mas é um fato.Elusive escreveu: Você é psicólogo/psiquiatra? Se for, qual seria o seu parecer inicial, por que ocorrem essas situações?
Hoje em dia a sociedade nos cobra muito com a publicidade e o entretenimento de massa, que mais do que nunca se baseiam em perfis de felicidade. Tudo impondo um estilo, criando nichos específicos que são explorados sem perceber. Quando o sujeito se depara em dificuldade com tal imposição social em um determinado parâmetro, ele literalmente trava, pois ele não se sente pertencente as coisas "legais", e aí a autoestima vai pro caralho.
Irei postar um exemplo, de um caso:
(já posto, apenas analisar aqui o que devo cortar e explanar de forma bem direta e sem expor demais)
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Re: Passei dos 30, to solteiro e sem amigos, minha vida tá f
Se a vida lhe trouxer problemas ponha eles numa barra e supine com eles , amigos e namoradas vem e vão mais 100 kilos sempre vão ser 100 kilos
me encontro numa situação parecida mais foda-se tudo oq me importa no presente monento e ficar ogro , namorada ou amigos quem sabe um dia eu tenha.
me encontro numa situação parecida mais foda-se tudo oq me importa no presente monento e ficar ogro , namorada ou amigos quem sabe um dia eu tenha.
- Lee Jun-Fan
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Re: Passei dos 30, to solteiro e sem amigos, minha vida tá f
Atendo um rapaz da sua faixa etária, também funcionário público federal. Rapaz que se cuida muito, tem boa aparência, muito educado, focado, mora na zona sul do Rio e ralador. Teoricamente, era para estar cheio de mulher - sei que vão me zoar, mas foda-se.
Morava no interior do Rio, típico filho certinho que mal sai de casa, e ao passar na prova foi para outro estado, que ele detestava sem ao menos conhecer. Vivia tentando transferência, porque na cabeça dele a galera toda que ele curtia era da cidade natal. Isso é importante, pois aí que ele mesmo começou a se levar para o buraco. Uma coisa que chamamos de NOMEAÇÃO: nomeamos uma situação e acreditamos piamente nelas. Cristalizamos uma suposta verdade, e aquilo não sai mais da nossa concepção do que é o melhor para gente. Para ele, ir para o tal lugar seria uma bosta e ponto.
Ele passou os primeiros meses tentando transferência desesperadamente. Nisso, o trabalho dele foi sendo reconhecido, e a galera se achegando, agrupando ele, começou a frequentar academia e treinar sério, onde ele fez amizade com uma galera mais aberta a simpatia que na cidade do Rio de Janeiro. Ou seja, a vida dele estava, enfim, bacana do ponto de vista social. Até que ele recebeu uma proposta para trabalhar na cidade do Rio...
... Ficaria mais perto da família e dos poucos amigos que tinha no interior do estado. E no Rio de Janeiro, todo pintado cidade receptiva, galera alegre e amistosa, paraíso tropical. Na hora ele aceitou, sem pestanejar, pois tinha cristalizado que não podia viver longe da família e que lá era o lugar ideal dele.
Bem, se fudeu. A família só tinha problemas para ele, e agora ganhando bem, passou a sugá-lo em todos sentidos. Os amigos, nesse interim de uns dois para três anos, já estavam com outra vida, muitos se mudado e mudado de grupo, também. No Rio, nenhum vizinho fala com ele, ele mal sabe quem mora no mesmo andar. Na academia, só os gays são mais receptivos, e quando ele tenta entrar em algum grupo da academia, galera tira ele pensando que o gay no caso é ele. No trabalho, a chefe dele o colocou numa atividade totalmente diferente da que ele exercia no outro estado, onde ele teve que aprender do zero, e sendo ela o diabo e o setor dele com 10x mais cobrança e trabalho - agora trabalha até no domingo. E as meninas... O cara maior educadinho, certinho e sistemático. Caras, acham que mulherada do Rio quer isso? Quem é do Rio sabe. Foi uma desilusão atrás da outra. No Tinder o cara combina com uma porrada, mas o approach dele educado espanta 95% de início, os outros 5% um tempo depois. Sem cia, foi tentar curtir a noite sozinho, e ele odeia saídas a noite. Bem, deu merda também, pois não é a dele, mas os poucos contatos que ele tinha diziam: "cara, você tem que sair, se arriscar na noite, sozinho mesmo".
Bom, sabe quais os melhores momentos que ele estava conseguindo ter? Viajar para o outro estado que ele odiava visitar os amigos lá. Mas ele não pode fazer isso todo fds. Nem todo mês. E o sentimento cristalizado dele agora? Que é um merda, que ninguém gosta dele, que não é agradável, que no Rio ele será infeliz, que no trabalho ele não tem vocação para tal, que as mulheres não curtem ele, que ele não tem amigos...
O trabalho realizado? Desmistificar tudo que ele tem como crença absoluta, mas através de uma percepção dele próprio - como psicanalista, não posso sugestionar de forma incisiva.
Ele não é um cara desagradável, o povo do Rio da região que ele mora que é tão escaldado que passa ser escroto mesmo. A academia dele é uma bosta, só da bostinha, e o hype não acompanha uma galera mais aberta a simpatia. O trabalho dele tá um cu, mas foi ele que escolheu, sabia que ia para tal setor, então que honre as duas bolas do saco, pare de reclamar e se aperfeiçoe naquilo para fazer o melhor - ou estude para mudar de emprego. A chefe dele é chata? Sim, mas com todo mundo, então como ele fazia nas coxas, ela pegava no pé dele. As mulheres não curtem porque ele procura num lugar onde, por mais que a mulher diga "quero algo sério, instalei o app hoje", 99% quer PIRU, com um pouco de embromation no approach e sendo direto no vamo-vê. Não é o tipo de mulher dele? Balada não é a dele? Então vá na porra dos lugares que gosta. Tipo, se gosta de filme cabeça, o que tá fazendo na porra da fila de Mercenários II? Claro que ficará deslocado.
Ah, e o mais importante: ninguém é plenamente feliz. Temos 3 certezas na vida, vamos nascer, sofrer e morrer. Você pode até achar alguém que diga "tive muitos momentos felizes na minha vida", mas com certeza não vai encontrar quem diga "eu nunca sofri na vida". Então, não tá fácil para ninguém, cada um na sua dificuldade. O que difere é que alguns buscam ter uma vida mais prazerosa e menos sofrida. Outros, só sofrem porque querem ter a felicidade que ele acha que todos gozam.
Aceite as coisas que lhe dão prazer, não se coloque pressão e nem cristalize pensamentos. Assim alimentará sua autoestima gradualmente, sua percepção dos que estão a sua volta irá melhorar e terá possibilidades de maior interação, aproximação e se sentir bem com isso. E se no final do dia a aproximação com outra pessoa que tentou deu errado, saberá que foi porque apenas não é a sua, não tem o mesmo gostos e tal. E não porque é um merda.
O meu paciente fez tudo isso sem querer quando foi para outro estado, e quando voltou com uma ideia fixa projetada, deu com burros n'água e se depreciou gratuitamente. Hoje ele tá se entendendo melhor, vivendo melhor consigo mesmo, mudou o que achava que atrapalhava ele e tá seguindo o caminho dele. Foi curtir o feriado de carnaval na região dos lagos, a chefe dele o liberou do sábado, segunda e quarta, pois ele fez uma série de bons trabalhos.
(Muita gente vai zoar o tamanho do texto, ou vai ler e discordar, ou não vai ler e discordar também, mas apenas tentando passar algo sério às 4 da manhã no intervalo entre as lutas do Holloway/Cole e Bendo/Thatch, e que de repente o ajude de alguma forma. Obviamente não é um caso igual, mas tem muitas coisas semelhantes que, creio, são pontuais.)
Morava no interior do Rio, típico filho certinho que mal sai de casa, e ao passar na prova foi para outro estado, que ele detestava sem ao menos conhecer. Vivia tentando transferência, porque na cabeça dele a galera toda que ele curtia era da cidade natal. Isso é importante, pois aí que ele mesmo começou a se levar para o buraco. Uma coisa que chamamos de NOMEAÇÃO: nomeamos uma situação e acreditamos piamente nelas. Cristalizamos uma suposta verdade, e aquilo não sai mais da nossa concepção do que é o melhor para gente. Para ele, ir para o tal lugar seria uma bosta e ponto.
Ele passou os primeiros meses tentando transferência desesperadamente. Nisso, o trabalho dele foi sendo reconhecido, e a galera se achegando, agrupando ele, começou a frequentar academia e treinar sério, onde ele fez amizade com uma galera mais aberta a simpatia que na cidade do Rio de Janeiro. Ou seja, a vida dele estava, enfim, bacana do ponto de vista social. Até que ele recebeu uma proposta para trabalhar na cidade do Rio...
... Ficaria mais perto da família e dos poucos amigos que tinha no interior do estado. E no Rio de Janeiro, todo pintado cidade receptiva, galera alegre e amistosa, paraíso tropical. Na hora ele aceitou, sem pestanejar, pois tinha cristalizado que não podia viver longe da família e que lá era o lugar ideal dele.
Bem, se fudeu. A família só tinha problemas para ele, e agora ganhando bem, passou a sugá-lo em todos sentidos. Os amigos, nesse interim de uns dois para três anos, já estavam com outra vida, muitos se mudado e mudado de grupo, também. No Rio, nenhum vizinho fala com ele, ele mal sabe quem mora no mesmo andar. Na academia, só os gays são mais receptivos, e quando ele tenta entrar em algum grupo da academia, galera tira ele pensando que o gay no caso é ele. No trabalho, a chefe dele o colocou numa atividade totalmente diferente da que ele exercia no outro estado, onde ele teve que aprender do zero, e sendo ela o diabo e o setor dele com 10x mais cobrança e trabalho - agora trabalha até no domingo. E as meninas... O cara maior educadinho, certinho e sistemático. Caras, acham que mulherada do Rio quer isso? Quem é do Rio sabe. Foi uma desilusão atrás da outra. No Tinder o cara combina com uma porrada, mas o approach dele educado espanta 95% de início, os outros 5% um tempo depois. Sem cia, foi tentar curtir a noite sozinho, e ele odeia saídas a noite. Bem, deu merda também, pois não é a dele, mas os poucos contatos que ele tinha diziam: "cara, você tem que sair, se arriscar na noite, sozinho mesmo".
Bom, sabe quais os melhores momentos que ele estava conseguindo ter? Viajar para o outro estado que ele odiava visitar os amigos lá. Mas ele não pode fazer isso todo fds. Nem todo mês. E o sentimento cristalizado dele agora? Que é um merda, que ninguém gosta dele, que não é agradável, que no Rio ele será infeliz, que no trabalho ele não tem vocação para tal, que as mulheres não curtem ele, que ele não tem amigos...
O trabalho realizado? Desmistificar tudo que ele tem como crença absoluta, mas através de uma percepção dele próprio - como psicanalista, não posso sugestionar de forma incisiva.
Ele não é um cara desagradável, o povo do Rio da região que ele mora que é tão escaldado que passa ser escroto mesmo. A academia dele é uma bosta, só da bostinha, e o hype não acompanha uma galera mais aberta a simpatia. O trabalho dele tá um cu, mas foi ele que escolheu, sabia que ia para tal setor, então que honre as duas bolas do saco, pare de reclamar e se aperfeiçoe naquilo para fazer o melhor - ou estude para mudar de emprego. A chefe dele é chata? Sim, mas com todo mundo, então como ele fazia nas coxas, ela pegava no pé dele. As mulheres não curtem porque ele procura num lugar onde, por mais que a mulher diga "quero algo sério, instalei o app hoje", 99% quer PIRU, com um pouco de embromation no approach e sendo direto no vamo-vê. Não é o tipo de mulher dele? Balada não é a dele? Então vá na porra dos lugares que gosta. Tipo, se gosta de filme cabeça, o que tá fazendo na porra da fila de Mercenários II? Claro que ficará deslocado.
Ah, e o mais importante: ninguém é plenamente feliz. Temos 3 certezas na vida, vamos nascer, sofrer e morrer. Você pode até achar alguém que diga "tive muitos momentos felizes na minha vida", mas com certeza não vai encontrar quem diga "eu nunca sofri na vida". Então, não tá fácil para ninguém, cada um na sua dificuldade. O que difere é que alguns buscam ter uma vida mais prazerosa e menos sofrida. Outros, só sofrem porque querem ter a felicidade que ele acha que todos gozam.
Aceite as coisas que lhe dão prazer, não se coloque pressão e nem cristalize pensamentos. Assim alimentará sua autoestima gradualmente, sua percepção dos que estão a sua volta irá melhorar e terá possibilidades de maior interação, aproximação e se sentir bem com isso. E se no final do dia a aproximação com outra pessoa que tentou deu errado, saberá que foi porque apenas não é a sua, não tem o mesmo gostos e tal. E não porque é um merda.
O meu paciente fez tudo isso sem querer quando foi para outro estado, e quando voltou com uma ideia fixa projetada, deu com burros n'água e se depreciou gratuitamente. Hoje ele tá se entendendo melhor, vivendo melhor consigo mesmo, mudou o que achava que atrapalhava ele e tá seguindo o caminho dele. Foi curtir o feriado de carnaval na região dos lagos, a chefe dele o liberou do sábado, segunda e quarta, pois ele fez uma série de bons trabalhos.
(Muita gente vai zoar o tamanho do texto, ou vai ler e discordar, ou não vai ler e discordar também, mas apenas tentando passar algo sério às 4 da manhã no intervalo entre as lutas do Holloway/Cole e Bendo/Thatch, e que de repente o ajude de alguma forma. Obviamente não é um caso igual, mas tem muitas coisas semelhantes que, creio, são pontuais.)
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Re: Passei dos 30, to solteiro e sem amigos, minha vida tá f
Hahahaha, meu irmão vive me enchendo que quem faz terapia é viadinho.Filipe escreveu:
Porra acabei de chegar da rua em pleno carnaval e me deparo com uma porra dessas. ASSIM N PODE !!!!
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Re: Passei dos 30, to solteiro e sem amigos, minha vida tá f
Muito esclarecedor e ilustrativo o teu post. Te agradeço. Realmente tem várias coisas em comum. Um ponto bem interessante que você focou foi "Outros, só sofrem porque querem ter a felicidade que ele acha que todos gozam.". É bem isso, você sofre porque acha que não está vivendo/tendo todas as coisas que você acha que todo mundo tem.Lee Jun-Fan escreveu:Atendo um rapaz da sua faixa etária, também funcionário público federal. Rapaz que se cuida muito, tem boa aparência, muito educado, focado, mora na zona sul do Rio e ralador. Teoricamente, era para estar cheio de mulher - sei que vão me zoar, mas foda-se.
Morava no interior do Rio, típico filho certinho que mal sai de casa, e ao passar na prova foi para outro estado, que ele detestava sem ao menos conhecer. Vivia tentando transferência, porque na cabeça dele a galera toda que ele curtia era da cidade natal. Isso é importante, pois aí que ele mesmo começou a se levar para o buraco. Uma coisa que chamamos de NOMEAÇÃO: nomeamos uma situação e acreditamos piamente nelas. Cristalizamos uma suposta verdade, e aquilo não sai mais da nossa concepção do que é o melhor para gente. Para ele, ir para o tal lugar seria uma bosta e ponto.
Ele passou os primeiros meses tentando transferência desesperadamente. Nisso, o trabalho dele foi sendo reconhecido, e a galera se achegando, agrupando ele, começou a frequentar academia e treinar sério, onde ele fez amizade com uma galera mais aberta a simpatia que na cidade do Rio de Janeiro. Ou seja, a vida dele estava, enfim, bacana do ponto de vista social. Até que ele recebeu uma proposta para trabalhar na cidade do Rio...
... Ficaria mais perto da família e dos poucos amigos que tinha no interior do estado. E no Rio de Janeiro, todo pintado cidade receptiva, galera alegre e amistosa, paraíso tropical. Na hora ele aceitou, sem pestanejar, pois tinha cristalizado que não podia viver longe da família e que lá era o lugar ideal dele.
Bem, se fudeu. A família só tinha problemas para ele, e agora ganhando bem, passou a sugá-lo em todos sentidos. Os amigos, nesse interim de uns dois para três anos, já estavam com outra vida, muitos se mudado e mudado de grupo, também. No Rio, nenhum vizinho fala com ele, ele mal sabe quem mora no mesmo andar. Na academia, só os gays são mais receptivos, e quando ele tenta entrar em algum grupo da academia, galera tira ele pensando que o gay no caso é ele. No trabalho, a chefe dele o colocou numa atividade totalmente diferente da que ele exercia no outro estado, onde ele teve que aprender do zero, e sendo ela o diabo e o setor dele com 10x mais cobrança e trabalho - agora trabalha até no domingo. E as meninas... O cara maior educadinho, certinho e sistemático. Caras, acham que mulherada do Rio quer isso? Quem é do Rio sabe. Foi uma desilusão atrás da outra. No Tinder o cara combina com uma porrada, mas o approach dele educado espanta 95% de início, os outros 5% um tempo depois. Sem cia, foi tentar curtir a noite sozinho, e ele odeia saídas a noite. Bem, deu merda também, pois não é a dele, mas os poucos contatos que ele tinha diziam: "cara, você tem que sair, se arriscar na noite, sozinho mesmo".
Bom, sabe quais os melhores momentos que ele estava conseguindo ter? Viajar para o outro estado que ele odiava visitar os amigos lá. Mas ele não pode fazer isso todo fds. Nem todo mês. E o sentimento cristalizado dele agora? Que é um merda, que ninguém gosta dele, que não é agradável, que no Rio ele será infeliz, que no trabalho ele não tem vocação para tal, que as mulheres não curtem ele, que ele não tem amigos...
O trabalho realizado? Desmistificar tudo que ele tem como crença absoluta, mas através de uma percepção dele próprio - como psicanalista, não posso sugestionar de forma incisiva.
Ele não é um cara desagradável, o povo do Rio da região que ele mora que é tão escaldado que passa ser escroto mesmo. A academia dele é uma bosta, só da bostinha, e o hype não acompanha uma galera mais aberta a simpatia. O trabalho dele tá um cu, mas foi ele que escolheu, sabia que ia para tal setor, então que honre as duas bolas do saco, pare de reclamar e se aperfeiçoe naquilo para fazer o melhor - ou estude para mudar de emprego. A chefe dele é chata? Sim, mas com todo mundo, então como ele fazia nas coxas, ela pegava no pé dele. As mulheres não curtem porque ele procura num lugar onde, por mais que a mulher diga "quero algo sério, instalei o app hoje", 99% quer PIRU, com um pouco de embromation no approach e sendo direto no vamo-vê. Não é o tipo de mulher dele? Balada não é a dele? Então vá na porra dos lugares que gosta. Tipo, se gosta de filme cabeça, o que tá fazendo na porra da fila de Mercenários II? Claro que ficará deslocado.
Ah, e o mais importante: ninguém é plenamente feliz. Temos 3 certezas na vida, vamos nascer, sofrer e morrer. Você pode até achar alguém que diga "tive muitos momentos felizes na minha vida", mas com certeza não vai encontrar quem diga "eu nunca sofri na vida". Então, não tá fácil para ninguém, cada um na sua dificuldade. O que difere é que alguns buscam ter uma vida mais prazerosa e menos sofrida. Outros, só sofrem porque querem ter a felicidade que ele acha que todos gozam.
Aceite as coisas que lhe dão prazer, não se coloque pressão e nem cristalize pensamentos. Assim alimentará sua autoestima gradualmente, sua percepção dos que estão a sua volta irá melhorar e terá possibilidades de maior interação, aproximação e se sentir bem com isso. E se no final do dia a aproximação com outra pessoa que tentou deu errado, saberá que foi porque apenas não é a sua, não tem o mesmo gostos e tal. E não porque é um merda.
O meu paciente fez tudo isso sem querer quando foi para outro estado, e quando voltou com uma ideia fixa projetada, deu com burros n'água e se depreciou gratuitamente. Hoje ele tá se entendendo melhor, vivendo melhor consigo mesmo, mudou o que achava que atrapalhava ele e tá seguindo o caminho dele. Foi curtir o feriado de carnaval na região dos lagos, a chefe dele o liberou do sábado, segunda e quarta, pois ele fez uma série de bons trabalhos.
(Muita gente vai zoar o tamanho do texto, ou vai ler e discordar, ou não vai ler e discordar também, mas apenas tentando passar algo sério às 4 da manhã no intervalo entre as lutas do Holloway/Cole e Bendo/Thatch, e que de repente o ajude de alguma forma. Obviamente não é um caso igual, mas tem muitas coisas semelhantes que, creio, são pontuais.)
No meu caso, eu fico pê da vida, por chegar no fim de semana e ao invés de estar planejando altas saídas com a galera, ou um programa a dois com a namorada, eu ficar o fim de semana todo sem opção, só vendo televisão, no pc e fazendo algum exercício, mas sozinho tbm.
Pra piorar o lugar que eu trabalho é cheio de mulher bonita, então minha decepção fica maior ainda. A gente fica procurando no que está errando, e se está a passar uma imagem tão desagradável assim pra ninguém te querer por perto.
Se torna algo como que incapacitante, e você não sabe por onde começar pra tentar reverter esse quadro.
Re: Passei dos 30, to solteiro e sem amigos, minha vida tá f
Facebook cara, ali voce vai arrumar mulher no Brasil todo pode ter certeza.
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Re: Passei dos 30, to solteiro e sem amigos, minha vida tá f
AI MANO! BOTA AI DA ONDE C É
TO PRECISANDO DUNS PARÇA E
TO PAGANDO O GUARNÁ
O LIVRO ROSA TÁ LIBERADO
VAMOS FAZER OS CORRE
Bom tópico e bem legais os posts da galera. Se o Elusive for/vier pra Sampa, recomendo fortemente um estabelecimento de nome casarão. Fica na Rua Augusta e abre de segunda a sábado a partir das 23:00 e de domingo a partir das 17:00, faz tempo que não vou, mas o horário de funcionamento é mais ou menos esse. É um lugar despojado, sem arrogância nem pedantismo. Lá você encontrará profissionais gabaritadas para lidar com o seu problema.
Eu acho que você está indo bem: já paga suas contas, tem trabalho estável, faz atividade física, só precisa encarar um novo desafio: seduzir a mulherada. E isso só se aprende tentando. Tem que chegar nas mina!!!!!
TO PRECISANDO DUNS PARÇA E
TO PAGANDO O GUARNÁ
O LIVRO ROSA TÁ LIBERADO
VAMOS FAZER OS CORRE
Bom tópico e bem legais os posts da galera. Se o Elusive for/vier pra Sampa, recomendo fortemente um estabelecimento de nome casarão. Fica na Rua Augusta e abre de segunda a sábado a partir das 23:00 e de domingo a partir das 17:00, faz tempo que não vou, mas o horário de funcionamento é mais ou menos esse. É um lugar despojado, sem arrogância nem pedantismo. Lá você encontrará profissionais gabaritadas para lidar com o seu problema.
Eu acho que você está indo bem: já paga suas contas, tem trabalho estável, faz atividade física, só precisa encarar um novo desafio: seduzir a mulherada. E isso só se aprende tentando. Tem que chegar nas mina!!!!!
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Re: Passei dos 30, to solteiro e sem amigos, minha vida tá f
Lee Jun-Fan escreveu:Atendo um rapaz da sua faixa etária, também funcionário público federal. Rapaz que se cuida muito, tem boa aparência, muito educado, focado, mora na zona sul do Rio e ralador. Teoricamente, era para estar cheio de mulher - sei que vão me zoar, mas foda-se.
e que de repente o ajude de alguma forma. Obviamente não é um caso igual, mas tem muitas coisas semelhantes que, creio, são pontuais.)
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Re: Passei dos 30, to solteiro e sem amigos, minha vida tá f
hauhuauh ai carayo esse cara sao fodaCROW escreveu:Todo homem precisa de um propósito, ou isso aqui perde o sentido
Com sua idade estarei no outro lado da Terra, no topo do mundo, ou estarei morto
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Re: Passei dos 30, to solteiro e sem amigos, minha vida tá f
Parceiro, muda pra uma cidade maior, treina alguma luta? se nao, comeca a treinar, faca novas amizades, n fica nesse mundinho de 40 mil pessoas a vida td nao.
To com 30 anos, tenho amigos q sao solteiros assim como eu sou, vira e mexe encontro algum amigo casado q me pergunta: E vc gardenal, cm ta?
Eu: to na mesma
TODOS respondem que qriam tar na mesma q nem eu to.
E logico q qro um dia me casar e ter filhos, sei q a pessoa certa um dia aparece, enqt n aparecer se divirta cm as erradas.
To com 30 anos, tenho amigos q sao solteiros assim como eu sou, vira e mexe encontro algum amigo casado q me pergunta: E vc gardenal, cm ta?
Eu: to na mesma
TODOS respondem que qriam tar na mesma q nem eu to.
E logico q qro um dia me casar e ter filhos, sei q a pessoa certa um dia aparece, enqt n aparecer se divirta cm as erradas.
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