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Fala Pessoal,

Gostaria de saber a opinião de vocês sobre esse tema tão comentado no Jiu-jitsu, ou seja, graduação.

Outro dia comentei com um amigo, o qual compartilha da mesma opinião, que esse processo atual de graduação não faz muito sentido e acaba estragando o brilho que existia no início. Hoje em dia temos academias que fazem suas graduações duas vezes por ano, sendo uma no início e outra no final, o que nos leva a deduzir um tempo médio para isso, ou seja, o aluno que treina direto, independente de absorver ou não o conhecimento, leva em torno de 2 anos para mudar de faixa.
Sempre achei legal aquela graduação, cujo o mestre nos surpreende conforme nossa evolução, sendo essa feita durante um treino ou ate mesmo após uma conquista de competição. Esses raramente passarão vergonha ao receber a faixa e treinar com outros de sua categoria, pois se trata de algo que foi conquistado conforme desempenho e não por tempo.

Sabemos que existe o lado comercial, mas o que fariam? Nem todos evoluem no mesmo tempo, porém se outros passam e alguns ficam por mais tempo gera um mal estar e risco do aluno procurar outro local.

Abraço

Acho que a graduação deve ser por tempo e mérito, ambos os casos.

Por isso concordo com exames de faixa aplicados de maneira correta, ou seja, só passa quem sabe.

Além disso, só vai pro exame quem já completou os graus que são dados quando o cara completa um número X de aulas pra cada faixa.

Sendo assim, quem treina mais vezes aprende mais, gradua mais rápido.
Quem treina menos vezes demora mais pra aprender e gradua mais lentamente.

VagabondMusashi escreveu: ↑

04 Set 2018 13:04

Cara tem tanto faixa preta aí que levaria um carro gigantesco de um roxa, ou que não compete há 15 anos e não aprendeu nem usa berimbolo nem nada disso. Acha que eles não merecem a preta?

Helio Gracie hoje nao se criaria contra um campeao mundial da azul de peso similar.

Mas e a didatica do cara? Nao conta? É complicado

Desculpa, mas sua pergunta não fez sentido pra mim

Em que momento o método de graduação que eu defendi exclui alguém que não sabe berimbolo ou que não compete há 15 anos?
O que tem a ver o Helio Gracie x um faixa azul campeão mundial?

O método que eu defendo é simples, é o que se usa na Alliance (não sei se idêntico ao deles, mas algo parecido):

Branca: 1 grau a cada 30 aulas, ou seja, 150 aulas pra estar apto a fazer o exame de faixa azul.
Azul: 1 grau a cada 65 aulas, ou seja, 325 aulas para exame pra roxa.
Roxa: 1 grau a cada 75 aulas, ou seja, 375 aulas para exame pra marrom.
Marrom: 1 grau a cada 85 aulas, ou seja, 425 aulas para preta (aqui eu defendo que não há a necessidade de exame).
Preta: Regra da IBJJF

Dessa maneira se une o tempo com o mérito. Não necessariamente o cara que vai fazer o exame vai passar, ele precisa saber fazer e ensinar as posições exigidas no exame.
No exame não se exige berimbolo, guarda borracha, guarda lapela, etc.
Se exige raspagens de guarda, de meia, passagens, quedas, defesa de quedas, finalizações, pegada de costas, saídas de posições desfavoráveis, defesa pessoal etc.
Se dentre uma dessas posições o cara quiser encaixar uma raspagem de guarda lapela, berimbolo, etc, aí vai do cara.
Quanto mais avançada a faixa se exige um número maior de posições e uma didática maior pra ensinar, além de um percentual menor de erros.


Eu vejo esse método como o mais honesto e igualitário. Se o cara treina 3x por dia o cara vai graduar mais rápido (respeitando o tempo exigido pela IBJJF), se o cara treina 3x por semana ele vai graduar mais devagar, mas ambos vão precisar saber as posições exigidas, além de completar o mínimo de aulas.
Uma pessoa comum demora uns 9/12 anos pra se formar faixa preta, um atleta competidor demoraria menos tempo.


Agora se for só entregar a faixa é complicado, as vezes o cara é um leão lutando, mas não sabe passar uma posição, as vezes faz meio na grosseria, sem técnica etc, aí um cara desse puxa um treino e o treino acaba nivelado por baixo, pq ele não sabe ensinar.
Da mesma forma por tempo, as vezes o cara ficou um bom tempo na faixa, mas não assimilou nada, então não adianta passar de faixa.
Unindo os dois o cara que é leão vai ter que melhorar a parte didática e técnica e o que tá há bastante tempo vai ter que demonstrar que assimilou o conteúdo que aprendeu.

Obviamente que esse método que eu defendo só funciona em academias com um padrão de ensino. Na academia onde o professor chega e ensina o que dá na cabeça na hora não tem como um método desse funcionar.