SALINHO escreveu:Nunca tinha visto esse vídeo.
Um monte de gente da Luta Livre e do Jiu-Jitsu dentro de uma academia, após a luta Royce x Eugênio Tadeu à portas fechadas.
História do Grappling-Rivalidades, treinos a portas fechadas
Re: Rivalidades, histórias e causos do Jiu Jitsu e afins.
Re: Rivalidades, histórias e causos do Jiu Jitsu e afins.
As sementes de Maeda
Maeda e família
A história de Mitsuyo Esai Maeda não começou (e certamente não terminou) com a família Gracie. O mestre de Judô da Kodakan de Kano que ensinou Carlos Gracie e Luiz França as bases do que hoje é o jiu jitsu, viveu um longo e próspero tempo em Belém do Pará. Eventualmente se nacionalizou brasileiro e mudou de nome para Otávio Maeda.
Foi lá que Maeda ficou até a sua morte em 1941, deixando como legado uma das mais velhas e tradicionais academias de judô do Brasil, o Conde Koma Judô Clube.
O japonês Mitsuyo Maeda chegou no Pará quando esse estado estava se desenvolvendo, o que coincidiu com um período de grande imigração japonesa para a Amazônia, o que ajudou Maeda a decidir ficar na capital Belém.
Apesar de ter se estabelecido no Pará em 1917, Maeda viajou com frequencia, e foi somente em 1921 que Conde Koma finalmente abriu sua própria academia, depois que os Gracie já tinham deixado a cidade. Inicialmente localizada na sede do Remo, no bairro de Cidade Velha, foi um dos primeiros dojos de judô do Brasil.
Mitsuyo permaneceu como treinador por muitos anos, formando excelentes atletas. Conforme Maeda envelheceu, passou o controle do clube para os seus atletas Sebastião Oli e o japonês Nakasan. Em 27 de Novembro de 1941 a Kodokan promoveu Maeda para o 7 dan de judô, porém ele nunca conseguiu receber a honraria pessoalmente pois faleceu no dia seguinte em 28 de Novembro de 1921 no Brasil.
Os discípulos de Maeda continuaram com seu legado e formaram muitos lutadores de qualidade. Dois bem conhecidos sao so competidores Gabriel Hermes e Aldredo Coimbra, que depois acabou com o controle da academia em 1991, continuando com o bom trabalho de seus predecessores.
Alfredo Mendes Coimbra, terceiro grau na linhagem de Maeda, começou a ser o instrutor principal da academia nos anos 1990 e continuou por mais de 20 anos. Mestre Coimbra nasceu em 2 de Outubro de 1934. Ele começou a treinar no dojo de Maeda com 20 anos com os mestres Oli e Nakasam logo se tornando um dos seus melhores estudantes e um competidor renomado na região.
Mestre Coimbra competiu durantes os anos 50 e 60 contra os melhores lutadores da época, incluindo o conhecido lutador de vale tudo Waldemar Santana, que Hélio Gracie. Foram 3 lutas com um empate e duas vitórias de Waldemar Santana.
Continua aqui:
http://bjjforum.com.br/as-sementes-de-mitsuyo-maeda/" onclick="window.open(this.href);return false;
Maeda e família
A história de Mitsuyo Esai Maeda não começou (e certamente não terminou) com a família Gracie. O mestre de Judô da Kodakan de Kano que ensinou Carlos Gracie e Luiz França as bases do que hoje é o jiu jitsu, viveu um longo e próspero tempo em Belém do Pará. Eventualmente se nacionalizou brasileiro e mudou de nome para Otávio Maeda.
Foi lá que Maeda ficou até a sua morte em 1941, deixando como legado uma das mais velhas e tradicionais academias de judô do Brasil, o Conde Koma Judô Clube.
O japonês Mitsuyo Maeda chegou no Pará quando esse estado estava se desenvolvendo, o que coincidiu com um período de grande imigração japonesa para a Amazônia, o que ajudou Maeda a decidir ficar na capital Belém.
Apesar de ter se estabelecido no Pará em 1917, Maeda viajou com frequencia, e foi somente em 1921 que Conde Koma finalmente abriu sua própria academia, depois que os Gracie já tinham deixado a cidade. Inicialmente localizada na sede do Remo, no bairro de Cidade Velha, foi um dos primeiros dojos de judô do Brasil.
Mitsuyo permaneceu como treinador por muitos anos, formando excelentes atletas. Conforme Maeda envelheceu, passou o controle do clube para os seus atletas Sebastião Oli e o japonês Nakasan. Em 27 de Novembro de 1941 a Kodokan promoveu Maeda para o 7 dan de judô, porém ele nunca conseguiu receber a honraria pessoalmente pois faleceu no dia seguinte em 28 de Novembro de 1921 no Brasil.
Os discípulos de Maeda continuaram com seu legado e formaram muitos lutadores de qualidade. Dois bem conhecidos sao so competidores Gabriel Hermes e Aldredo Coimbra, que depois acabou com o controle da academia em 1991, continuando com o bom trabalho de seus predecessores.
Alfredo Mendes Coimbra, terceiro grau na linhagem de Maeda, começou a ser o instrutor principal da academia nos anos 1990 e continuou por mais de 20 anos. Mestre Coimbra nasceu em 2 de Outubro de 1934. Ele começou a treinar no dojo de Maeda com 20 anos com os mestres Oli e Nakasam logo se tornando um dos seus melhores estudantes e um competidor renomado na região.
Mestre Coimbra competiu durantes os anos 50 e 60 contra os melhores lutadores da época, incluindo o conhecido lutador de vale tudo Waldemar Santana, que Hélio Gracie. Foram 3 lutas com um empate e duas vitórias de Waldemar Santana.
Continua aqui:
http://bjjforum.com.br/as-sementes-de-mitsuyo-maeda/" onclick="window.open(this.href);return false;
Re: Rivalidades, histórias e causos do Jiu Jitsu e afins.
Dano Cardoso escreveu:Então galera, treinei bastante tempo com o Luiz Carlos Valois que aparece nesse vídeo, ele me mostrou esse vídeo quando era VHS ainda, ele fez upload e aparece uma galera de peso!!! Carlson fala inclusive de um luta do De La Riva vale a pena assistir:
aparece no vídeo: Bolão, Amauri, Marvin, Albertinho, Serginho, Bebel, Cassinho, Juninho, Valois, Penão, Jair entre outros!
Re: Rivalidades, histórias e causos do Jiu Jitsu e afins.
heeeeey
Portas Fechadas forever!!!!!!
Portas Fechadas forever!!!!!!
Criador do tópico: Treinos a porta fechada!!!
História do grappling brasileiro
Duelo entre Hélio Gracie e Masahiko Kimura no Maracanã para o Rio em 51
Co-fundador do Gracie Jiu-Jítsu faz batalha épica com lenda japonesa no gramado do estádio e combate entra para a história do esporte brasileiro
Por Marcelo Russio
Rio de Janeiro
Header UFC Rio 5 620X55 (Foto: Arte esporte)
Há exatamente 63 anos, uma luta de jiu-jítsu entrou para a história do esporte brasileiro, e aumentou ainda mais a lendária fama da família Gracie e do jiu-jítsu desenvolvido por ela. Em 23 de outubro de 1951, a luta entre Hélio Gracie e o japonês Masahiko Kimura acontecia em pleno gramado do Maracanã, parando um Rio de Janeiro que, se não tinha muitas semelhanças estruturais com a capital fluminense em 2014, certamente vivia um momento esportivo semelhante (assista a um trecho da luta a partir de 4m26s do vídeo ao lado).
Cerca de um ano após a derrota para o Uruguai na final da Copa do Mundo de 1950 - para muitos, uma derrota pior que a de 7 a 1 para a Alemanha na semifinal da Copa de 2014 - os cariocas ansiavam por um novo ídolo esportivo que devolvesse o orgulho de torcer à população, que sentiu como ninguém os efeitos do "Maracanazo" imposto pelos uruguaios. E o estádio que foi palco da maior tragédia esportiva brasileira de todos os tempos acabou recebendo um espetáculo que, mesmo terminando em derrota, teve sabor de vitória.
Kimura tem o braço erguido após sua vitória sobre Hélio Gracie em 1951 (Foto: Arquivo / O Globo)
Após desafiar diversos expoentes das lutas em todo mundo - e não tendo recebido praticamente nenhuma resposta positiva - Hélio Gracie teve a oportunidade de desafiar para uma luta de jiu-jítsu alguns dos maiores nomes da arte marcial japonesa da época. Em visita ao Brasil em julho de 1951 para demonstrações de judô e jiu-jítsu, chegaram ao Rio de Janeiro Toshio Yamagushi, Jukio Kato e o lendário Masahiko Kimura. Após serem apresentados e tirarem fotos, Hélio e Carlos Gracie receberam dos japoneses a proposta de uma luta entre Hélio e Kato. Hélio pediu para enfrentar Kimura, que negou o pedido, dizendo não ver no brasileiro um adversário à sua altura. Em seguida, ofereceu uma luta contra Kato, que pesava apenas oito quilos a mais que Hélio - Kimura era cerca de 35 quilos mais pesado.
- Se eu vencer Hélio, dirão que foi pela diferença de peso. Como estou certo da vitória de Kato, acho melhor que assim seja - disse o japonês, que estava invicto nos seus 15 anos de carreira como atleta. Dias antes da luta, Kato afirmou que venceria Hélio em segundos, e no chão. O brasileiro respondeu que o judô era apenas uma luta de exibição, sem efeito prático.
Em duas lutas contra Kato, Hélio empatou a primeira, no Maracanã (6 de setembro), e venceu a segunda, no Pacaembu (29 de setembro), finalizando o rival e deixando-o desacordado. Vendo a derrota de seu companheiro, Kimura não teve outra alternativa a não ser desafiar Hélio Gracie no centro do gramado do estádio. O desafio foi aceito e marcado para o dia 23 de outubro de 1951.
O clima para o combate era menos amistoso que o das lutas anteriores. Kimura, seguro de que venceria rapidamente, declarou que, se a luta demorasse mais que três minutos, Hélio Gracie poderia ser considerado o vencedor. O brasileiro, por sua vez, dizia que encerraria sua carreira como lutador naquele dia, fosse qual fosse o resultado, e reagia com energia aos que diziam ser suicídio um homem de 38 anos de idade, voltando da aposentadoria, enfrentar o maior nome do Japão em todos os tempos.
- Um lutador nunca foge da arena. Kimura pode quebrar meus ossos, mas não vai quebrar minha moral. A um bom esportista não importa ganhar ou perder, mas lutar.
Chuva e atrasos quase impedem o confronto
No dia 23 de outubro, uma terça-feira, a cidade do Rio de Janeiro estava elétrica. O espetáculo levou dezenas de milhares de pessoas ao Maracanã, que contou com a presença do vice-presidente da república Café Filho, que fez questão de pessoalmente desejar boa sorte a Hélio Gracie. Carlos, irmão mais velho e mentor de Hélio, mostrava-se nervoso e ameaçava impugnar o árbitro escolhido para a luta, sendo necessária a intervenção do comandante da Polícia Especial, Eusébio de Queiroz, para que Carlos Pereira fosse mantido como o mediador da luta.
Com mais de 1h30m de atraso, após diversas lutas preliminares, Masahiko Kimura finalmente subiu ao tablado montado no gramado do Maracanã, sendo vaiado pelos brasileiros e aplaudido pela colônia japonesa que morava no Rio de Janeiro e também pelos que vieram de São Paulo para prestigiar o campeão mundial. Dez minutos depois, Hélio Gracie apresentou-se para a luta debaixo de aplausos e flashes dos fotógrafos que se amontoavam ao redor da área de luta. Lado a lado, os dois lutadores deixavam evidente a disparidade física existente, e ficou claro que dificilmente o brasileiro sairia vitorioso da luta.
Kimura vence, mas após quinze minutos
Disposto a cumprir a promessa de vencer Hélio Gracie em menos de três minutos, Kimura iniciou o combate indo para cima do brasileiro. Por cima no chão, Kimura tentava finalizar a luta de todas as formas, mas Hélio se esquivava e utilizava sua famosa guarda para impedir que o japonês o ameaçasse. Passados os três minutos previstos por Kimura, a torcida japonesa já não sorria tanto, e o próprio lutador mostrava cada vez mais empenho em vencer a luta o quanto antes. Mesmo passando a guarda de Hélio e montando sobre o brasileiro, Kimura não conseguiu a finalização nos dez minutos do primeiro round. Na ida para seus córneres, o sorriso de Hélio contrastava com a falta de expressão do japonês.
Kimura busca a chave que finalizaria a luta, mas Hélio se defende por baixo (Foto: Arquivo / O Globo)
Kimura começou o segundo round derrubando Hélio, e repetiu a derrubada aos cinco minutos de luta. A violência da queda fez Hélio perder a consciência, não recobrando-a a tempo de impedir uma chave de braço indefensável do japonês - que depois seria batizada com o seu nome. Com o golpe encaixado e sem qualquer possibilidade de desvencilhar-se, Hélio se recusava a bater. Percebendo que o irmão teria o braço fraturado, e conhecendo a sua fibra, que o impedia de desistir do combate, Carlos Gracie invadiu o tablado e bateu no chão três vezes, encerrando a luta.
Kimura a princípio não entendeu o que havia acontecido, e reclamava com o juiz, provavelmente imaginando que havia sido dada alguma vantagem a Hélio, ou que o round havia sido prematuramente encerrado antes que o rival desistisse. Hélio, que se manteve no chão por alguns minutos, levantou-se e estendeu a mão ao japonês, que recusou-se a apertá-la. Apenas após ser informado que vencera por desistência do córner adversário, Kimura cumprimentou o brasileiro e posou para fotos ao lado de Hélio.
Público se decepciona e não ovaciona Hélio Gracie
A derrota para Masahiko Kimura, que era dada como certa pelos Gracies, mas não pela imprensa e pelo público presente ao Maracanã, acabou não sendo valorizada pelos cerca de 40 mil espectadores, que não reconheceram com aplausos o esforço de Hélio Gracie. O brasileiro foi cumprimentado por autoridades e esportistas presentes, mas não foi ovacionado como esperava pelo público. Em entrevista após a luta, publicada no livro "Carlos Gracie - o criador de uma dinastia", de Reila Gracie, Hélio explicou o motivo de enfrentar Kimura.
- Pouco me importava, como brasileiro, ante 40 mil irmãos, ser vencido por um verdadeiro gigante - gigante no tamanho, na energia e na técnica. Um gigante que de forma alguma me daria a mais leve chance. Isso significava muito para a minha convicção, para o meu cartel e, por que não dizê-lo, para minha vaidade pessoal. Apesar de nitidamente derrotado no ringue, fui reconfortado pela imprensa e pelo público, porque todos haviam compreendido a minha intenção, o meu desejo de provar, com o meu possível massacre, a importância de pelejar sem esperança de vitória.
A luta contra Kimura foi uma das mais emblemáticas, se não a mais emblemática da vida de Hélio Gracie. A derrota foi transformada em vitória moral, por ter enfrentado o invencível, e ter resistido ao impossível. Kimura, ao longo da vida, deu inúmeros depoimentos de enaltecimento ao rival, chamando-o sempre de "o homem que nunca desiste". Há 63 anos, no gramado do Maracanã, o Brasil perdeu como em 1950, mas pelas mãos, braços, pernas e pés de Hélio Gracie, deixou o mesmo gramado, um ano depois, vitorioso.
Fonte: http://sportv.globo.com/site/combate/no ... em-51.html" onclick="window.open(this.href);return false;
Co-fundador do Gracie Jiu-Jítsu faz batalha épica com lenda japonesa no gramado do estádio e combate entra para a história do esporte brasileiro
Por Marcelo Russio
Rio de Janeiro
Header UFC Rio 5 620X55 (Foto: Arte esporte)
Há exatamente 63 anos, uma luta de jiu-jítsu entrou para a história do esporte brasileiro, e aumentou ainda mais a lendária fama da família Gracie e do jiu-jítsu desenvolvido por ela. Em 23 de outubro de 1951, a luta entre Hélio Gracie e o japonês Masahiko Kimura acontecia em pleno gramado do Maracanã, parando um Rio de Janeiro que, se não tinha muitas semelhanças estruturais com a capital fluminense em 2014, certamente vivia um momento esportivo semelhante (assista a um trecho da luta a partir de 4m26s do vídeo ao lado).
Cerca de um ano após a derrota para o Uruguai na final da Copa do Mundo de 1950 - para muitos, uma derrota pior que a de 7 a 1 para a Alemanha na semifinal da Copa de 2014 - os cariocas ansiavam por um novo ídolo esportivo que devolvesse o orgulho de torcer à população, que sentiu como ninguém os efeitos do "Maracanazo" imposto pelos uruguaios. E o estádio que foi palco da maior tragédia esportiva brasileira de todos os tempos acabou recebendo um espetáculo que, mesmo terminando em derrota, teve sabor de vitória.
Kimura tem o braço erguido após sua vitória sobre Hélio Gracie em 1951 (Foto: Arquivo / O Globo)
Após desafiar diversos expoentes das lutas em todo mundo - e não tendo recebido praticamente nenhuma resposta positiva - Hélio Gracie teve a oportunidade de desafiar para uma luta de jiu-jítsu alguns dos maiores nomes da arte marcial japonesa da época. Em visita ao Brasil em julho de 1951 para demonstrações de judô e jiu-jítsu, chegaram ao Rio de Janeiro Toshio Yamagushi, Jukio Kato e o lendário Masahiko Kimura. Após serem apresentados e tirarem fotos, Hélio e Carlos Gracie receberam dos japoneses a proposta de uma luta entre Hélio e Kato. Hélio pediu para enfrentar Kimura, que negou o pedido, dizendo não ver no brasileiro um adversário à sua altura. Em seguida, ofereceu uma luta contra Kato, que pesava apenas oito quilos a mais que Hélio - Kimura era cerca de 35 quilos mais pesado.
- Se eu vencer Hélio, dirão que foi pela diferença de peso. Como estou certo da vitória de Kato, acho melhor que assim seja - disse o japonês, que estava invicto nos seus 15 anos de carreira como atleta. Dias antes da luta, Kato afirmou que venceria Hélio em segundos, e no chão. O brasileiro respondeu que o judô era apenas uma luta de exibição, sem efeito prático.
Em duas lutas contra Kato, Hélio empatou a primeira, no Maracanã (6 de setembro), e venceu a segunda, no Pacaembu (29 de setembro), finalizando o rival e deixando-o desacordado. Vendo a derrota de seu companheiro, Kimura não teve outra alternativa a não ser desafiar Hélio Gracie no centro do gramado do estádio. O desafio foi aceito e marcado para o dia 23 de outubro de 1951.
O clima para o combate era menos amistoso que o das lutas anteriores. Kimura, seguro de que venceria rapidamente, declarou que, se a luta demorasse mais que três minutos, Hélio Gracie poderia ser considerado o vencedor. O brasileiro, por sua vez, dizia que encerraria sua carreira como lutador naquele dia, fosse qual fosse o resultado, e reagia com energia aos que diziam ser suicídio um homem de 38 anos de idade, voltando da aposentadoria, enfrentar o maior nome do Japão em todos os tempos.
- Um lutador nunca foge da arena. Kimura pode quebrar meus ossos, mas não vai quebrar minha moral. A um bom esportista não importa ganhar ou perder, mas lutar.
Chuva e atrasos quase impedem o confronto
No dia 23 de outubro, uma terça-feira, a cidade do Rio de Janeiro estava elétrica. O espetáculo levou dezenas de milhares de pessoas ao Maracanã, que contou com a presença do vice-presidente da república Café Filho, que fez questão de pessoalmente desejar boa sorte a Hélio Gracie. Carlos, irmão mais velho e mentor de Hélio, mostrava-se nervoso e ameaçava impugnar o árbitro escolhido para a luta, sendo necessária a intervenção do comandante da Polícia Especial, Eusébio de Queiroz, para que Carlos Pereira fosse mantido como o mediador da luta.
Com mais de 1h30m de atraso, após diversas lutas preliminares, Masahiko Kimura finalmente subiu ao tablado montado no gramado do Maracanã, sendo vaiado pelos brasileiros e aplaudido pela colônia japonesa que morava no Rio de Janeiro e também pelos que vieram de São Paulo para prestigiar o campeão mundial. Dez minutos depois, Hélio Gracie apresentou-se para a luta debaixo de aplausos e flashes dos fotógrafos que se amontoavam ao redor da área de luta. Lado a lado, os dois lutadores deixavam evidente a disparidade física existente, e ficou claro que dificilmente o brasileiro sairia vitorioso da luta.
Kimura vence, mas após quinze minutos
Disposto a cumprir a promessa de vencer Hélio Gracie em menos de três minutos, Kimura iniciou o combate indo para cima do brasileiro. Por cima no chão, Kimura tentava finalizar a luta de todas as formas, mas Hélio se esquivava e utilizava sua famosa guarda para impedir que o japonês o ameaçasse. Passados os três minutos previstos por Kimura, a torcida japonesa já não sorria tanto, e o próprio lutador mostrava cada vez mais empenho em vencer a luta o quanto antes. Mesmo passando a guarda de Hélio e montando sobre o brasileiro, Kimura não conseguiu a finalização nos dez minutos do primeiro round. Na ida para seus córneres, o sorriso de Hélio contrastava com a falta de expressão do japonês.
Kimura busca a chave que finalizaria a luta, mas Hélio se defende por baixo (Foto: Arquivo / O Globo)
Kimura começou o segundo round derrubando Hélio, e repetiu a derrubada aos cinco minutos de luta. A violência da queda fez Hélio perder a consciência, não recobrando-a a tempo de impedir uma chave de braço indefensável do japonês - que depois seria batizada com o seu nome. Com o golpe encaixado e sem qualquer possibilidade de desvencilhar-se, Hélio se recusava a bater. Percebendo que o irmão teria o braço fraturado, e conhecendo a sua fibra, que o impedia de desistir do combate, Carlos Gracie invadiu o tablado e bateu no chão três vezes, encerrando a luta.
Kimura a princípio não entendeu o que havia acontecido, e reclamava com o juiz, provavelmente imaginando que havia sido dada alguma vantagem a Hélio, ou que o round havia sido prematuramente encerrado antes que o rival desistisse. Hélio, que se manteve no chão por alguns minutos, levantou-se e estendeu a mão ao japonês, que recusou-se a apertá-la. Apenas após ser informado que vencera por desistência do córner adversário, Kimura cumprimentou o brasileiro e posou para fotos ao lado de Hélio.
Público se decepciona e não ovaciona Hélio Gracie
A derrota para Masahiko Kimura, que era dada como certa pelos Gracies, mas não pela imprensa e pelo público presente ao Maracanã, acabou não sendo valorizada pelos cerca de 40 mil espectadores, que não reconheceram com aplausos o esforço de Hélio Gracie. O brasileiro foi cumprimentado por autoridades e esportistas presentes, mas não foi ovacionado como esperava pelo público. Em entrevista após a luta, publicada no livro "Carlos Gracie - o criador de uma dinastia", de Reila Gracie, Hélio explicou o motivo de enfrentar Kimura.
- Pouco me importava, como brasileiro, ante 40 mil irmãos, ser vencido por um verdadeiro gigante - gigante no tamanho, na energia e na técnica. Um gigante que de forma alguma me daria a mais leve chance. Isso significava muito para a minha convicção, para o meu cartel e, por que não dizê-lo, para minha vaidade pessoal. Apesar de nitidamente derrotado no ringue, fui reconfortado pela imprensa e pelo público, porque todos haviam compreendido a minha intenção, o meu desejo de provar, com o meu possível massacre, a importância de pelejar sem esperança de vitória.
A luta contra Kimura foi uma das mais emblemáticas, se não a mais emblemática da vida de Hélio Gracie. A derrota foi transformada em vitória moral, por ter enfrentado o invencível, e ter resistido ao impossível. Kimura, ao longo da vida, deu inúmeros depoimentos de enaltecimento ao rival, chamando-o sempre de "o homem que nunca desiste". Há 63 anos, no gramado do Maracanã, o Brasil perdeu como em 1950, mas pelas mãos, braços, pernas e pés de Hélio Gracie, deixou o mesmo gramado, um ano depois, vitorioso.
Fonte: http://sportv.globo.com/site/combate/no ... em-51.html" onclick="window.open(this.href);return false;
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Lobov, Artem
Lobov, Artem
Re: Duelo entre Hélio Gracie e Kimura para o Rio em 51
Esse é o relato dos Gracies. Porém já pararam pra pensar que não soltam a luta completa nem por decreto? Essa de que o Hélio resistiu com defesa ativa é lenda. A guarda que eles falam não é a nossa fechada tradicional, mas a guarda tartaruga, que o Hélio usava muito bem.
Essa luta foi uma armadilha armada pelos irmãos Ono e Takeo Yano, que conheciam Kimura e viam Hélio se vangloriando de ser o melhor lutador do mundo de jiu-jítsu. Yano, através de seus contatos na Dai Nippon Butokukai, conseguiu a vinda de Kimura que hospedado na casa de Yassuitchi Ono.
O que realmente é surpreendente é a luta com Yukio Kato, a segunda. Nela vemos que Hélio passava longe de ser ruim em pé, trocou quedas com o Kato, chegando a derrubá-lo, com uma boa base em pé.
Voltando a luta contra o Kimura... Carlos e Hélio tentaram sondar a bocada em que estavam se metendo e por isso botaram o Hemetério pra lutar contra o Kimura. Este levou uma senhora passada de carro, estupro, sendo finalizado em uma Kimura. Os irmãos Gracies ficaram cabreiros e começaram a espalhar que Kimura não era um japonês legítimo. Mas não deu outra. A luta aconteceu.
A guarda tartaruga, que permitia que Hélio no mínimo empatasse as lutas, não segurou o monstro do Kimura, que a passou já pesando no Hélio.
No fim das contas, a luta durou o tempo que o Kimura quis.
Essa luta foi uma armadilha armada pelos irmãos Ono e Takeo Yano, que conheciam Kimura e viam Hélio se vangloriando de ser o melhor lutador do mundo de jiu-jítsu. Yano, através de seus contatos na Dai Nippon Butokukai, conseguiu a vinda de Kimura que hospedado na casa de Yassuitchi Ono.
O que realmente é surpreendente é a luta com Yukio Kato, a segunda. Nela vemos que Hélio passava longe de ser ruim em pé, trocou quedas com o Kato, chegando a derrubá-lo, com uma boa base em pé.
Voltando a luta contra o Kimura... Carlos e Hélio tentaram sondar a bocada em que estavam se metendo e por isso botaram o Hemetério pra lutar contra o Kimura. Este levou uma senhora passada de carro, estupro, sendo finalizado em uma Kimura. Os irmãos Gracies ficaram cabreiros e começaram a espalhar que Kimura não era um japonês legítimo. Mas não deu outra. A luta aconteceu.
A guarda tartaruga, que permitia que Hélio no mínimo empatasse as lutas, não segurou o monstro do Kimura, que a passou já pesando no Hélio.
No fim das contas, a luta durou o tempo que o Kimura quis.
Editado pela última vez por ska4fun em 23 Out 2014 17:53, em um total de 1 vez.
Twice The Pride, Double The Fall...
Dutch (2014).Dutch escreveu:Sobre arrogância e soberba, desculpe-me se não fico passando açúcar no que escrevo, não sabia que num fórum de homens isto seria necessário.
Re: Duelo entre Hélio Gracie e Kimura para o Rio em 51
O amigo poderia citar as fontes dos trechos destacados acima?ska4fun escreveu:Esse é o relato dos Gracies. Porém já pararam pra pensar que não soltam a luta completa nem por decreto? Essa de que o Hélio resistiu com defesa ativa é lenda. A guarda que eles falam não é a nossa fechada tradicional, mas a guarda tartaruga, que o Hélio usava muito bem.
Essa luta foi uma armadilha armada pelos irmãos Ono e Takeo Yano, que conheciam Kimura e viam Hélio se vangloriando de ser o melhor lutador do mundo de jiu-jítsu. Yano, através de seus contatos na Dai Nippon Butokukai, conseguiu a vinda de Kimura que hospedado na casa de Yassuitchi Ono.
O que realmente é surpreendente é a luta com Yukio Kato, a segunda. Nela vemos que Hélio passava longe de ser ruim em pé, trocou quedas com o Kato, chegando a derrubá-lo, com uma boa base em pé.
Voltando a luta contra o Kimura... Carlos e Hélio tentaram sondar a bocada em que estavam se metendo e por isso botaram o Hemetério pra lutar contra o Kimura. Este levou uma senhora passada de carro, estupro, seno finalizado em uma Kimura. Os irmãos Gracies ficaram cabreiros e começaram a espalhar que Kimura não era um japonês legítimo. Mas não deu outra. A luta aconteceu.
A guarda tartaruga, que permitia que Hélio no mínimo empatasse as lutas, não segurou o monstro do Kimura, que a passou já pesando no Hélio.
No fim das contas, a luta durou o tempo que o Kimura quis.
Re: Duelo entre Hélio Gracie e Kimura para o Rio em 51
Posso. Jornais da época como o Globo, dos arquivos do museu nacional.
Twice The Pride, Double The Fall...
Dutch (2014).Dutch escreveu:Sobre arrogância e soberba, desculpe-me se não fico passando açúcar no que escrevo, não sabia que num fórum de homens isto seria necessário.
Re: Duelo entre Hélio Gracie e Kimura para o Rio em 51
Tem os livros do Marcial Serrano, que como pesquisa é fraco, mas que pelos recortes de jornais, valem a pena serem lidos.
Twice The Pride, Double The Fall...
Dutch (2014).Dutch escreveu:Sobre arrogância e soberba, desculpe-me se não fico passando açúcar no que escrevo, não sabia que num fórum de homens isto seria necessário.
Re: Duelo entre Hélio Gracie e Kimura para o Rio em 51
Ok, gostaria de muito de ver essas matérias. Na biografia do Carlos (que ainda não terminei de ouvir), acho que não há qualquer menção à luta de Hemetério com Kimura (que segundo essa fonte foi uma passada de carro), nem que os Gracie teriam espalhado que este não seria um "japonês legítimo". Ao contrário, conta que, como representante da Kodokan, foi solenemente recebido e posou para fotos com os irmãos.ska4fun escreveu:Posso. Jornais da época como o Globo, dos arquivos do museu nacional.
Além disso, Kimura não teria dito que a luta duraria apenas 3 minutos? Por que então a afirmação de que a luta durou tanto quanto ele quis? Depois que Hélio venceu Kato, não me parece que Kimura deixaria de cumprir a promessa de vitória rápida.
Re: Duelo entre Hélio Gracie e Kimura para o Rio em 51
Já tentei encontrar esses livros desse meu xará, mas nunca tive sucessoska4fun escreveu:Tem os livros do Marcial Serrano, que como pesquisa é fraco, mas que pelos recortes de jornais, valem a pena serem lidos.
Re: Duelo entre Hélio Gracie e Kimura para o Rio em 51
Bicho depois eu entro em contato com vc. Pelo tapatalk fica complicado.
Twice The Pride, Double The Fall...
Dutch (2014).Dutch escreveu:Sobre arrogância e soberba, desculpe-me se não fico passando açúcar no que escrevo, não sabia que num fórum de homens isto seria necessário.
Re: Duelo entre Hélio Gracie e Kimura para o Rio em 51
Acho que antes de falar de Carlos e Hélio Gracie é necessário passar em frente ao retrato dos dois, curvar-se respeitosamente, refletir bastante olhando para o significado daquelas duas faixas-vermelhas, décimo grau, e em 99% das vezes, continuar calado, curvar-se novamente e sair calado...
"Acorde pela manhã e se olhe no espelho, fale contigo mesmo: "- Sou forte, sou digno, tenho inteligência, tenho equilíbrio, vou ter um excelente dia! Saia de casa para seu trabalho, estudo, seja lá o que for, com estes pensamentos e neste dia e em qualquer dia você será um vencedor!"
Mestre Rickson Gracie
11/10/08, durante seminário ministrado no Rio de Janeiro no ginásio do Flamengo.
“God bless and protect my sons and best friends. I love you guys so fucking deep. All my energy, my waves, my fights, my best feelings and energy, Jesus Christ please take care of them.”
Mestre Marcelo Behring
1994, frase em sua prancha de surf.
Mestre Rickson Gracie
11/10/08, durante seminário ministrado no Rio de Janeiro no ginásio do Flamengo.
“God bless and protect my sons and best friends. I love you guys so fucking deep. All my energy, my waves, my fights, my best feelings and energy, Jesus Christ please take care of them.”
Mestre Marcelo Behring
1994, frase em sua prancha de surf.
Online
Re: Duelo entre Hélio Gracie e Kimura para o Rio em 51
acho que sempre é bom ouvir os 2 lados.Trecho de Meu Judô – Masahiko Kimura
20.000 pessoas vieram ver a luta, incluindo o presidente do Brasil. Hélio tinha 1,80m e 80kg. Quando entrei no estádio, encontrei um caixão. Perguntei o que era. Me disseram, “É para Kimura, Hélio trouxe.” Era tão engraçado que quase dei uma gargalhada. Enquanto me aproximava do ringue, ovos eram lançados em mim. O gongo tocou. Hélo me agarrou pelas duas lapelas, e me atacou com um O-soto-gari e Kouchi-gari. Mas ele não me moveu nem um pouco. Agora era minha vez. Eu o joguei no ar por O-uchi-gari, Harai-goshi, Uchimata, Ippon-seoi. Por volta de 10 minutos de luta, eu o lancei por O-soto-gari. Eu planejava causar uma concussão. Mas já que o tatame era muito macio não teve muito efeito nele. Enquanto continuava a lançá-lo, estava pensando em um modo de finalizar. Eu o arremessei por O-soto-gari novamente. Assim que Hélio caiu, eu o imobilizei por Kuzure-kami-shiho-gatame. Eu mantive por dois ou três minutos, e então tentei sufocá-lo pela barriga. Hélio balançava sua cabeça tentando respirar. Ele não aguentava mais, e tentou empurrar meu corpo esticando seu braço esquerdo. Nesse instante, eu agarrei seu pulso esquerdo com minha mão direita, e torci seu braço. Apliquei Udegarami. Eu pensei que ele iria desistir imediatamente. Mas Hélio não bateu no tatame. Não tive escolha a não ser continuar a torcer o seu braço. O estádio silenciou. O osso de seu braço estava se aproximando do ponto de quebrar. Finalmente, o som do osso quebrando ecoou no estádio. Ainda assim Hélio não desistiu. Seu braço esquerdo já estava inutilizado. Sob essa regra, eu não tinha outra escolha a não ser torcer o seu braço novamente. Tinha muito tempo ainda sobrando. Eu torci o seu braço esquerdo novamente. Outro osso quebrou. Hélio ainda não bateu. Quando tentei torcer o braço novamente, uma toalha branca foi jogada. Venci por TKO(nocaute técnico). Minha mão foi erguida. Japoneses brasileiros correram para a arena e me ergueram. Por outro lado, Hélio deixava seu braço esquerdo pendendo e parecia muito triste, resistindo a dor.
20.000 pessoas vieram ver a luta, incluindo o presidente do Brasil. Hélio tinha 1,80m e 80kg. Quando entrei no estádio, encontrei um caixão. Perguntei o que era. Me disseram, “É para Kimura, Hélio trouxe.” Era tão engraçado que quase dei uma gargalhada. Enquanto me aproximava do ringue, ovos eram lançados em mim. O gongo tocou. Hélo me agarrou pelas duas lapelas, e me atacou com um O-soto-gari e Kouchi-gari. Mas ele não me moveu nem um pouco. Agora era minha vez. Eu o joguei no ar por O-uchi-gari, Harai-goshi, Uchimata, Ippon-seoi. Por volta de 10 minutos de luta, eu o lancei por O-soto-gari. Eu planejava causar uma concussão. Mas já que o tatame era muito macio não teve muito efeito nele. Enquanto continuava a lançá-lo, estava pensando em um modo de finalizar. Eu o arremessei por O-soto-gari novamente. Assim que Hélio caiu, eu o imobilizei por Kuzure-kami-shiho-gatame. Eu mantive por dois ou três minutos, e então tentei sufocá-lo pela barriga. Hélio balançava sua cabeça tentando respirar. Ele não aguentava mais, e tentou empurrar meu corpo esticando seu braço esquerdo. Nesse instante, eu agarrei seu pulso esquerdo com minha mão direita, e torci seu braço. Apliquei Udegarami. Eu pensei que ele iria desistir imediatamente. Mas Hélio não bateu no tatame. Não tive escolha a não ser continuar a torcer o seu braço. O estádio silenciou. O osso de seu braço estava se aproximando do ponto de quebrar. Finalmente, o som do osso quebrando ecoou no estádio. Ainda assim Hélio não desistiu. Seu braço esquerdo já estava inutilizado. Sob essa regra, eu não tinha outra escolha a não ser torcer o seu braço novamente. Tinha muito tempo ainda sobrando. Eu torci o seu braço esquerdo novamente. Outro osso quebrou. Hélio ainda não bateu. Quando tentei torcer o braço novamente, uma toalha branca foi jogada. Venci por TKO(nocaute técnico). Minha mão foi erguida. Japoneses brasileiros correram para a arena e me ergueram. Por outro lado, Hélio deixava seu braço esquerdo pendendo e parecia muito triste, resistindo a dor.
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Re: Duelo entre Hélio Gracie e Kimura para o Rio em 51
Legal q os gracies falaram que o kimura era lutador de JJ, o kimura falou que o helio era lutador de Judo. Ambos tambem aumentaram o tamanho do seu adversario, normal pra quem conta a historia.
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